sexta-feira, 25 de março de 2011

Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba MOCIDADE ALEGRE


Durante a década de 60 várias agremiações mostram um crescimento, as de mais destaque no cenário paulistano são Unidos do Morro de Vila Maria hoje Unidos de Vila Maria, e Unidos do Morro da Casa Verde hoje Morro de Casa Verde, ambas presididas por Xangô e Zeca da Casa Verde respectivamente. No ano de 1965, o carnaval dá o primeiro passo à profissionalização… Com a adesão de Moraes Sarmento, os desfiles passam a ser transmitidos por rádio, e ganham o respeito das instituições de cultura da cidade, até que em meados de 1967, o então prefeito Faria Lima, regulariza os desfiles para a Avenida São João, e assina a lei que torna a festa oficial, sendo então cuidada pela Secretaria de Turismo. Nos primeiros 3 anos, mais um tri-campeonato da Nenê de Vila Matilde.


Na década de 70, chegam escolas "novas", a primeira foi a Mocidade Alegre, antes um bloco, presidida por Juarez da Cruz, passa por todos os grupos inferiores até que em 1971, recém-chegada ao Grupo 1, vence o carnaval e se torna tri-campeã, surpreendendo a velha guarda do samba paulistano. Num jeito corsino de evolução, mais apresentando uma técnica completamente nova na construção de alegorias e fantasias, foi uma referência durante os anos em que venceu. O ano de 1972 foi marcante pela morte definitiva dos cordões: Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Paulistano da Glória, Fio de Ouro não recebem mais apoio da prefeitura, e graças ao reconhecimento pela grandiosidade no segmento que elas então participavam, as maiores campeãs (Vai-Vai, Camisa Verde e Branco e Fio de Ouro), recebem um convite para participar do desfile principal de escolas, e já no primeiro ano todas elas surpreendem, a ponto do Camisa Verde e Branco, acabar com a série da Mocidade Alegre, e conquistar um tetra-campeonato entre 1974-1977, e a partir daí, o que se viu foi um domínio das escolas corsinas, em 1978 com o enredo " Na Arca de Noel, Quem Entrou Não Saiu Mais ", o Vai-Vai vence e conquista seu primeiro título entre as escolas. Já no ano de 1979, com o excelente samba "Almondegas de Ouro", o Camisa Verde e Branco novamente se torna campeão, ratificando assim, o título de maior escola de samba da década de 1970, além desse marco histórico do Camisa, neste ano a novata agremiação Pérola Negra com o enredo Carnaval, Intrigas e Opiniões conquista um honroso 5º lugar, ficando a frente da tradicional Rosas de Ouro. A escola da Vila Madalena conquistou no ano de 1979 sua melhor posição no Grupo Especial Paulistano. Outro fato que marcou foi a troca de passarela, saindo do Centro da cidade, passando para a Avenida Tiradentes em 1977. A pista então passava a ser maior com 732m, e mais larga, forçando as escolas a "ziguezaguear" durante os desfiles, marcando um jeito de evoluir bem paulistano. Outra vitória do Carnaval paulistano veio durante o programa Fantástico da TV Globo: No ano de 1978, o Paulistano da Glória vence o "1º Concurso Nacional de Sambas-Enredo", com "Epopéia da Glória", composto por Geraldo Filme, talvez um dos maiores compositores de samba do país. Já em 79 o concurso é vencido novamente por São Paulo, dessa vez com a representação da Nenê de Vila Matilde, com "Treze, Rei, Patuá". A década de 1970, mais uma vez marcou com a chegada da Sociedade Rosas de Ouro, escola do bairro da Vila Brasilândia, que nos anos 80 se firmaria como uma potência.






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