No Carnaval de 2000, numa proposta inovadora até então: a história do Brasil foi dividida em 14 partes, e cada escola contaria uma parte. O Carnaval teve duas campeãs novamente: Vai-Vai (que ganhou o tri) com "Vai-Vai Brasil" relativa ao período de 1985-2000, e X-9 Paulistana com "Quem é você? Café", relativo ao período do ciclo do café. Num carnaval disputadíssimo, a Vai-Vai que encerrou os desfiles no segundo dia levantou o público e com um desfile perfeito levou o caneco mais uma vez. Já a X-9 fez um desfilo técnico, e tido como frio, mas chegou ao seu objetivo. Destaques daquele ano Gaviões da Fiel e Leandro. Esta última saiu como grande favorita fazendo um desfile surpreendente, o que despertou o sonho na comunidade da Zona Leste de ganhar o primeiro título tão esperado, mas a escola perdeu nos últimos quesitos, e a derrota ocasionou a saída da intérprete Eliane de Lima.
O Carnaval de 2001 foi até então o maior. Com duas campeãs, Vai-Vai (tetra) e o grande destaque do ano, a Nenê. Depois de 4 carnavais batendo na trave, a escola quebrou um jejum de 15 anos. A saracura falou de luz, e a Nenê cantou a participação do negro na história levantando a arquibancada no final do segundo dia de desfiles. Destaques do ano vão para Leandro de Itaquera, que levou uma serpente de mais de 100 metros para a avenida, o que prejudicou a evolução da escola, dando a ela só um 8º lugar, e Tucuruvi que fez um desfile aclamado por toda a cidade, falando sobre o nosso carnaval, mas que teve problema com um carro ao final de desfile, que ficou no meio da passarela, tirando a possibilidade de chegar ao desfile das campeãs e ao título. Gaviões da Fiel e Rosas fizeram desfiles bem elogiados pela crítica, já a Mocidade apresentou um samba confuso e não agradou.
Em 2002, a Gaviões da Fiel venceu o Carnaval com o enredo "Xeque Mate", com o destaque para o Camisa, que ganhou o vice-campeonato com um enredo sobre o número 4, levando a festa para a Barra Funda. Nenê, Rosas e Leandro também foram bem elogiadas nesse ano. A X-9 perdeu 6 pontos por atraso no desfile, o que lhe custou o título, pois empatou em pontos com a Gaviões da Fiel, punição até hoje lamentada pela comunidade que se auto-proclamou campeã e acrescentou mais uma estrela ao seu brasão. Retornava ao Grupo Especial um destaque dos anos seguintes, a Unidos de Vila Maria.
Em 2003, a Gaviões da Fiel venceu e conquistou o bicampeonato, com o enredo "As Cinco Deusas Encatadas na Corte do Rei Gavião", que falava sobre as cinco regiões brasileiras. Um dos destaques para esse ano foi o empate entre a Águia de Ouro e a Império de Casa Verde, ambas ficariam entre as escolas que cairiam. Como não havia critérios de desempate até então, foi decidido que nenhuma cairia, passando São Paulo ter 16 escolas de samba no grupo de elite. Mas o grande destaque do ano foi a Mocidade que fez um desfile que ajudou a reescrever a história do carnaval paulistano. Falando sobre a água, a escola da Zona Norte levantou o público e levou o vice, depois de alguns anos de baixas colocações. A Leandro de Itaquera gerou polêmica ao trazer em uma jaula no abre-alas encenações de sexo. O Camisa Verde também foi destaque com um grande desfile que levou a arquibancada ao delírio.
Em 2004, uma surpresa, o Império de Casa Verde com seu enredo "O Novo Espelho de Narciso. Um Delírio Sobre os Heróis da Mitologia Paulistana", conquistava um expressivo terceiro lugar, a frente de escolas tradicionais e favoritas naquele ano, como a 4ª colocada Nenê e a 5ª colocada Rosas. AGaviões da Fiel conseguiu um feito inédito: ser rebaixada após um bicampeonato, por causa de um dos episódios mais trágicos do carnaval paulistano, uma quebra assustadora de um carro. Vai-Vai também sofre um grande golpe e perde colocações, terminando numa 11ª colocação inexplicável. Quem venceu foi a Mocidade Alegre, falando sobre São Paulo (tema único), com o enredo "Do Além-mar à Terra da Garoa… Salve esta gente boa.", um dos desfiles tidos como o mais aclamado da história por público e crítica. Outro destaque foi a Imperador do Ipiranga, que teve um samba considerados um dos melhores do carnaval da São Paulo até então.
Em 2005, um ano de surpresas, o histórico samba-enredo do Império de Casa Verde "Brasil: Se Deus é por nós, quem será contra nós", que falava sobre o fim do mundo mas com alguma esperança, deu para a escola seu primeiro e inesperado título do carnaval paulistano. Ganhou polêmica devido a uma "apologia ao crime", quando em um de seus carros tinha uma escultura do bicheiro e patrocinador da escola: Francisco Plumari Júnior, mas conhecido como Chico Ronda, falecido no ano anterior. Outra surpresa ficou por conta do Rosas de Ouro, que foi um dos grandes destaques daquele ano. Apresentando "Mar de Rosas", um dos grandes desfiles do carnaval da cidade, a escola amargou inexplicavelmente o 7º lugar. Vila Maria também foi destaque e surpresa com seu primeiro grande desfile no Grupo Especial. Mocidade emocionou mas não levou, falando sobre Clara Nunes. Outra surpresa ficou por conta da Nenê, que também apontada como favorita levou somente o 9º lugar, pior colocação da história da escola até o momento. Mas a maior surpresa veio da Bela Vista. O Vai-Vai que saiu como franca favorita ao título (ao lado do Rosas), falou sobre a imortalidade. A escola do Bixiga arrastou o público mas amargou um quinto lugar, o que causou revolta na sua comunidade, que se negou a desfilar nas campeãs. Os resultados desse ano causaram uma briga entre os presidentes de Império e Vai-Vai ao final da apuração.
Em 2006, veio o bicampeonato do Império, com o enredo "Do Boi Místico ao Boi Real - De Garcia D'Ávila ao Nelore - O Boi que come capim - A Saga pecuária do Brasil para o Mundo". O título foi contestado por muitas agremiações e críticos, pois até erro de português no samba-enredo nota 30 foi encontrado. Vai-Vai novamente levanta a multidão e leva o vice com o enredo "São Vicente. Aqui começou o Brasil". Mocidade Alegre emociona, é favorita mas fica com o terceiro. O destaque da escola naquele ano foi a Rainha da Bateria Nani Moreira, famosa em todo o Brasil por suas performances, acabou sofrendo um acidente pirotécnico com sua fantasia que pegou fogo na avenida e teve queimaduras graves, mas continuou sambando até o final. Nenê que prometia alegorias grandiosas, teve problemas com peso e uma quebra sequencial de 4 carros levou a escola ao 11º lugar. Para diminuir o número de escolas para o ano seguinte, a Liga decide rebaixar 4 escolas, entre elas 3 grandes, Leandro, Camisa e Gaviões da Fiel. A Leandro apresenta um samba tido como um dos melhores, mas faz um desfile médio, e num carnaval disputadíssimo acabou caindo. O tradicional Camisa, emociona o público falando sobre o vinho, mas leva um nota 8,5 de bateria, o que acaba rebaixando a escola. A Gaviões da Fiel é rebaixada novamente, e novamente em último lugar. A Mancha Verde desfilou sozinha no grupo de escolas de samba desportivas, sendo campeã e única no gênero pois a Gaviões da Fiel conseguiu na justiça o direito de se desligar de tal grupo e disputar o título com as outras agremiações, mas a escola alvi-verde faz um dos desfiles mais emocionantes da era sambódromo.
Em 2007, a bicampeã Império faz um desfile triunfal com o enredo "Glórias e Conquistas - A Força do Império está no salto do Tigre", apostando no luxo e gigantismo a escola é tida como favoritíssima ao título do ano, mas amargou um quinto lugar. A Unidos de Vila Maria conquista seu melhor resultado em toda sua história: um expressivo 2° lugar com o enredo "Vila Maria: Canta, Encanta com a minha história… Cubatão a rainha das serras". Com um desfile que emociona o público e conquista a crítica a Vila perde por pouco. O vencedor foi a Mocidade, com o enredo "Posso ser Inocente, Debochado e Irreverente… Afinal, Sou o Riso Dessa Gente", surpreendendo a maioria dos críticos. Um grande destaque deste ano foi a Águia de Ouro, que vinha apresentando bons desfiles anteriormente, mas chegou ao seu ápice em 2007. falando sobre artesanato, a escola da Pompéia levantou a arquibancada de um forma nunca vista na década de 2000, foi indicada como favorita pela crítica, e liderou boa parte da apuração, mas perdeu no quesito Evolução, e ficou com o 4º lugar.
Em 2008, a Vai-Vai vence pela décima terceira vez, com o enredo "Acorda Brasil! A saída é ter esperança". A agremiação da Bela Vista levou todo o público à loucura, que correspondeu fazendo uma emocionante e espontânea coreografia na arquibancada, nunca vista antes no carnaval brasileiro. Outra favorita era a Vila Maria, que como o Império no ano anterior apostou no gigantismo, trazendo o maior carro alegórico da história do carnaval brasileiro. Com muito luxo e um samba contagiante a Vila conquista o público, mas leva só o terceiro lugar com o enredo "Irashai-Mase, milênios de cultura e sabedoria no centenário da imigração japonesa". A Mocidade ganha o vice, retomando o enredo sobre a Cidade de São Paulo, e a Tom Maior tem seu melhor resultado, um 5º lugar, com o mesmo tema. Rosas de Ouro também leva o status de favorita, falando sobre perfume, com muito luxo e interação do público, a escola conquista um lugar nas campeãs. A Gaviões da Fiel faz um péssimo desfile, considerado pelos críticos pior do que os de 2004 e 2006, mas levanta a arquibancada e se mantém no Grupo Especial. Águia de Ouro sofre com a quebra de um carro, e acaba sendo rebaixada. A esperada volta do Camisa decepciona, e a escola acaba rebaixada pela 3ª vez em sua história. Algumas escolas de samba se sentiram coagidas com o resultado inesperado gerado pelos descartes de notas na apuração, alegando que se não houvesse tal critério, o resultado de classificação seria diferente, e por esse motivo as escolas de samba Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Império de Casa Verde, Pérola Negra, Mancha Verde, Imperador do Ipiranga, Unidos do Peruche, Dragões da Real e Camisa Verde e Branco se unem e criam uma entidade paralela a liga das escolas de samba de São Paulo, a Super-Liga.
Em 2009, a Mocidade vence com o enredo "Da chama da razão ao palco das emoções… sou a máquina, sou a vida… sou o coração pulsando forte na avenida", com luxo e raça a escola leva o caneco. A Vai-Vai foi com um tema atual "Mens sana et corpore sano - O Milênio da Superação", que falava sobre saúde e higiene, mas acabou em segundo. Rosas de Ouro e Gaviões da Fiel Torcida, conquistaram seus melhores resultados desde 2004. Mas os grandes destaques do ano foram Pérola Negra e Tom Maior, escolas que apresentaram sambas impecáveis, desfiles emocionantes e plasticamente perfeitos, mas acabaram em 9º e 11º lugar, respectivamente. O destaque negativo ficou por conta das tradicionais: O Camisa não conseguiu acesso para o Grupo Especial , A Unidos do Peruche amargou o último lugar e caiu. Mas o maior choque foi a queda de umas das maiores escolas de samba do carnaval brasileiro, a Nenê de Vila Matilde. A escola da Zona Leste sofreu com problemas internos como brigas com o carnavalesco, quebras de carros, inversão nas alas e falta de fantasias. Nem o melhor samba do ano "60 anos - coração guerreiro, a grande refazenda do samba"(que falava sobre os 60 anos da escola) e a bateria mais famosa de São Paulo, que tiraram as maiores notas, foram suficientes para segurar a escola, que disputou o carnaval 2010 no acesso, pela primeira vez em sua história.
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